Camuflada
em folhas secas, saboreada pura ou coberta de chocolate, delicada e
deliciosamente ácida, a physalis faz sucesso no Brasil.
A
physalis é uma fruta que tem tudo para ser considerada exótica: nome, aparência
e preço. Apesar disso, no Norte e Nordeste do país é comum nos quintais e é
conhecida por nomes que não podiam ser mais brasileiros: camapum,
joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã e mata-fome. Desponta selvagem nas
paisagens do Norte e do Nordeste. Popular nos quintais das casas do interior da
Bahia. No Pará, cresce em abundância. O costume local sugere o uso das raízes
da planta (homônima) no tratamento da hepatite e da malária. Os índios da
Amazônia batizaram a physalis de camapu. Essa variedade nativa é a Physalis
angulata, da família das solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão
e das pimentas.
Originária
da Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na América,
Europa e Ásia. Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no Japão, como hosuki. É
uma planta arbustiva, que pode chegar aos dois metros de altura.
Uma fruta
pequena, bonita, delicada e de sabor ácido começa a brilhar nas mesas
requintadas do país, ao fim das refeições, em parceria com o café. A physalis
apresenta-se pura ou recoberta de uma camada de chocolate, em fascinante
contraste de cores e sabores. Nativa das regiões temperadas e tropicais, tem a
parte comestível protegida por uma delicada folha seca, assemelhada ao papel de
arroz. A cor da fruta vai do amarelo ao verde, passando pelo vermelho.
Apesar da
popularidade entre os habitantes das florestas, a physalis só agora começa a
conquistar status no meio urbano. Os supermercados das grandes capitais, porém,
oferecem a fruta importada da Colômbia, já que a brasileira tem produção ainda
bastante tímida. Além de saboreada in natura, a physalis revela-se ótimo
ingrediente para sorvetes e compotas. Mas talvez a mais perfeita de suas
combinações seja com o chocolate. No restaurante paulistano Palazzo Grimaldi, o
chef italiano Luciano Boseggia manda physalis parcialmente cobertas com
chocolate junto com o expresso, acomodadas num pratinho de petits-fours. A
feliz parceria da fruta com o chocolate também pode ser conferida nos bombons
da marca artesanal paulistana Busy Bee. Pelo primor da combinação, pode-se
apostar que a lista de delícias à base da fruta e do chocolate deve aumentar no
país.
É rica em
vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e flavonóides. Purifica o
sangue, fortalece o sistema imunológico, alivia dores de garganta e ajuda a
diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os
frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele,
bexiga, rins e fígado. Estudos científicos recentes em andamento e ainda não
concluídos revelaram forte atividade como estimulante imunológico combatendo
alguns tipos de câncer além de efeito antiviral contra os vírus da gripe,
herpes, pólio e HIV tipo 1. Mais recentemente cientistas da Fundação Oswaldo
Cruz do Ceará descobriram uma substancia chamada "physalina" que atua
no sistema imunológico humano evitando a rejeição de órgãos transplantados. A
FioCruz e seus cientistas estão requerendo a patente desta descoberta.
Naquele meu tempo de criança toda praça e todo quintal q prestava tinha um pé de camapum pra entreter a galera. Eu ficava mesmo com um gosto danado quando estourava um camapum na minha própria testa.
Aqui na revista Globo Rural vc pode aprender a plantar e tudo mais!
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